VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO: COMO ISSO FUNCIONA?

Publicado em: 28.08.2020

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Não dá para começar a falar de finanças sem antes entender que o dinheiro tem valor ao longo do tempo.

E quando eu digo finanças, não digo apenas em finanças empresariais, mas também em seu dinheiro pessoal. Continue agora mesmo lendo esse artigo e descubra exatamente como isso funciona.

O que é dinheiro?  

De acordo com o dicionário, dinheiro é o que possibilita um meio de pagamento, na forma de moedas ou cédulas, emitido e controlado pelo governo de cada país.

Temos que entender que o dinheiro é uma soma de duas variáveis.

Ou seja, o valor do dinheiro é um par ordenado entre seu valor financeiro e a data em que está sendo analisado.

Uma forma simples de entender isso é: R$ 100,00 hoje, vale mais ou menos do que valerá daqui um ano? Não dá para se tomar de premissa que os R$ 100,00 de hoje valem igual do que R$ 100,00 no ano que vem.

Mas o que faz com que isso ocorra?  

O que afeta essa variação do valor do dinheiro no tempo?  

Existem alguns fatores que fazem com que o valor do dinheiro se altere com o passar dos anos, nesse tópico resolvi listá-los para facilitar a sua compreensão.

Consumo

O consumo da nossa sociedade é afetado com o tempo.

Existem preferências temporais de uso e consumo de determinados produtos.

Por exemplo, hoje um celular é super valorizado, pois tem um valor de mercado alto, já que possui uma demanda muito alta.

Há alguns anos atrás não existiam celulares, mas existiam os mini games, por exemplo, que na época eram super valorizados e por isso muito custosos.

Somente os mais ricos podiam ter um desses. E quanto mais a tecnologia vai evoluindo, a demanda desses produtos tecnológicos vão aumentando, eles vão ganhando valor de mercado enquanto os produtos anteriores vão perdendo seu valor.

Portanto, um dos fatores que influenciam na variação do valor do dinheiro no tempo são as preferências de consumo da sociedade.  

Inflação e deflação

Para entender como isso altera o valor do dinheiro no tempo, vou explicar rapidamente esses conceitos.

A inflação é a perda do poder de compra, enquanto a deflação é o ganho do poder de compra.

Às vezes o dinheiro ganha valor com o tempo, porém é difícil, pois geralmente estamos em uma inflação crescente.

Mas suponhamos que vivêssemos um ano com deflação; o poder de compra aumentaria, e se isso acontecesse, o dinheiro ganharia valor com o tempo.

Mas o comum é que ocorra a inflação e, assim, o poder de compra é perdido, acarretando a consequente perda de valor do dinheiro no tempo.  

Custo de Oportunidade

Este fator está relacionado com o investimento alternativo que propicia resultado futuro. Se temos R$ 100,00 hoje, qual o custo de oportunidade desse dinheiro?

Se eu investir esse dinheiro, eu vou ter um resultado no futuro.

É preciso analisar se o custo de oportunidade é maior que a deflação.

Por exemplo, suponhamos que houve uma deflação de 1% no ano. Mas eu tenho um custo de oportunidade de investir a 10% no ano.

Ainda assim, meu dinheiro vai perder o valor com o tempo se ficar guardado, pois eu poderia ter lucrado os 10% com ele em vez de apenas os 1% da deflação.

Por isso, temos sempre que observar se o custo de oportunidade é maior que a deflação, porque se não for, não vale a pena investir.  

Risco

O risco nada mais é do que a possibilidade de perda do dinheiro no futuro.

Geralmente as pessoas guardam o dinheiro, pois têm a sensação de que a nota de dinheiro não vale tanto quanto você investir em algo mais palpável e, dessa forma, obter o retorno dessa aplicação.

Ou seja, o risco influencia no valor do dinheiro no tempo.

Em 99% dos casos, 1 real hoje vale mais que 1 real amanhã. Agora que você já sabe o que altera o valor do dinheiro no tempo, confira um conceito super importante nesse sentido, a liquidez.  

Liquidez

Liquidez é a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas em seu valor. Ou seja, é a agilidade com que um investidor consegue se desfazer de um investimento para voltar a ter dinheiro na mão sem que, para isso, precise ter prejuízo relevante.

Por exemplo:

Se dentro da organização eu tenho 10 mil reais e com esse dinheiro eu resolvo investir na compra de maquinário.

Esse maquinário é muito pouco líquido, pois se houver uma necessidade repentina de capitalizar e, para isso, precisarei vender o maquinário.

Provavelmente eu perderei uns 30 a 50% do valor investido.

Por outro lado, se esse dinheiro estivesse na conta corrente, eu teria liquidez absoluta, pois bastaria retirar para capitalizar.

Precisa-se então, dentro da organização, entender qual a liquidez de cada um dos ativos (estrutura da empresa, prédio, maquinário, valor a receber, caixa etc.) para assim trabalhar com o que é realmente líquido.

Podemos, então, perceber que a análise da liquidez é fundamental quando se fala do valor do dinheiro no tempo e de uma real possibilidade de ter que se fazer um resgate financeiro, por algum motivo, como honrar alguma dívida, por exemplo.

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Fonte: Matéria adaptada do portal https://www.voitto.com.br/

Para ver a matéria na íntegra acesse o link https://www.voitto.com.br/blog/artigo/valor-do-dinheiro-no-tempo